02 ago

PAIS E AMIGOS NA ESCOLHA PROFISSIONAL DOS JOVENS

Rafaella Cursino

Apesar da grande oferta e das múltiplas possibilidades de acesso a informações sobre as principais carreiras do mercado, o principal meio utilizado pelos jovens para escolher a profissão ainda é informal, por meio de conversas com amigos e/ou parentes. É o que aponta uma pesquisa sobre escolha profissional realizada pela Trajeto Consultoria, entre os meses de março e abril de 2011, junto a 278 alunos do 3º ano do Ensino Médio de três escolas de grande porte da rede particular de ensino do Recife.

 

Um dos aspectos mais significativos apontados pelo estudo foi a forte influência da família nesse processo, apesar de nem sempre isso ser consciente. Segundo o levantamento, 75% dos estudantes revelaram ter escolhido a profissão com base na opinião de familiares e amigos. No entanto, apenas 35% admitem a influência dos pais como condicionante no processo de decisão. Na concepção da Trajeto, a influência dos pais é inevitável e não se constitui numa dificuldade. As expectativas e os projetos construídos para os filhos atestam a credibilidade no potencial deles.

 

Porém, para escolher a profissão, não basta essa aposta. Embora o que pensem tenha um valor significativo, é fundamental analisar, com neutralidade, o nível de identificação dos jovens com o projeto familiar, o que é naturalmente impossível para os pais. Tanto devido ao seu envolvimento emocional quanto à multiplicidade dos fatores intervenientes, que abarcam desde a influência do contexto socioeconômico até os mais históricos, como a família.

 

Ainda sobre os meios utilizados para escolher a profissão, a pesquisa identificou a necessidade de serviços de orientação profissional estruturados nas escolas. Segundo o levantamento, apenas 31% dos estudantes já utilizaram os serviços disponibilizados por suas escolas, o que significa que as ações desenvolvidas pelas instituições de ensino ainda podem ser potencializadas. As escolas não devem deixar para se preocupar com essa questão apenas no 3º ano, quando os alunos já estão ansiosos com a proximidade do vestibular.

 

A pouca visibilidade e poder de atratividade desses serviços nos colégios são confirmados pelo baixo índice de iniciativas dos jovens na busca por um processo de escolha profissional consistente e bem fundamentado. A maioria se detém a pesquisar exclusivamente informações sobre em qual faculdade ou universidade estudar (91%) e quais as matérias específicas exigidas para passar no vestibular para um determinado curso (88%). Apenas 32% dos jovens visitaram locais de trabalho; 9% visitaram universidades; 22% entrevistaram profissionais das áreas de atuação que pretendem seguir; e somente 12% fizeram orientação profissional, um serviço sobre o qual ainda se tem pouca informação e que não raramente é confundido com a metodologia dos antigos testes vocacionais.

 

Todo mundo sabe o que quer. Será? É comum pensar que, quando chegar a hora, o jovem saberá escolher com segurança aquilo que quer abraçar como projeto de vida. A opinião é frequente não apenas para a maioria dos estudantes, mas também para os seus pais. Contrariando o senso comum, o trabalho da Trajeto  mostra que pelo menos 40% dos jovens têm pouca ou nenhuma informação sobre o perfil do profissional e do mercado de trabalho no âmbito da carreira que pretendem seguir e, ainda, que menos da metade (46%) dos estudantes entrevistados conhece o(s) curso(s) pelo(s) qual(quais) tem interesse, o que configura um importante motivo de preocupação para pais, educadores e profissionais da área.

 

É importante despertar os estudantes, mesmo que ainda muito jovens, para a importância da construção do próprio projeto profissional, desenvolvendo uma postura ativa, porque ninguém poderá escolher por eles. Isso significa dizer que é preciso tomar consciência de que são os protagonistas da sua trajetória, embora não possam assumir sozinhos a responsabilidade por uma decisão tão importante. Nesse processo, o papel da escola e dos pais na tarefa de convocar os jovens a pensarem no futuro é insubstituível.

sexta-feira , 02 de ago, 2013 Categoria : Estudantes

DEPOIMENTOS

Escolher que profissão seguir não é tarefa fácil, especialmente sozinho. Ótimos métodos, boa temática de avaliação, boa dinâmica nos encontros, consultora muito gente boa e ajudou bastante.

 

 

Morgana Herdle

Morgana Herdle
depoimentos de estudantes

“Sou psicólogo e psicanalista, moro em Caruaru. Trabalhei doze anos numa escola particular de classe média nessa cidade. Fiz o curso da Trajeto e saí com um projeto que atendia à minha realidade e necessidade  institucional.

Fiz grandes amizades e trocas de experiências com diversos profissionais de outras escolas e realidades, o que enriqueceu o meu repertório de ação e intervenção junto à minha clientela. Super recomendo o curso. É uma equipe competente e comprometida. Obrigado a todos pela formação!”

Maurício Ramos
depoimentos de profissionais

HISTÓRICO

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